sexta-feira, 28 de junho de 2013

Projeto Um Olhar Lúdico Sobre o Quintal Chega a Icó no Ceará


           O projeto oficina Um Olhar Lúdico Sobre o Quintal cumpriu nos dias 13 e 14 de Maio uma das últimas ações propostas ao Ministério da Cultura através do Prêmio Agente Jovem. O projeto foi premiado no ano de 2012 e ficou entre as duzentas propostas de ações culturais no Brasil que agora são reconhecidos com este título. O trabalho que carinhosamente é citada pelo idealizador como “Quintal lúdico” passa a ter um selo que qualifica a pesquisa na área de ludicidade como uma ação exitosa no Agreste de Pernambuco. “Quando formatei o projeto oficina em 2008 dentro de uma colônia de férias no espaço cultural Galpão das Artes, nunca pensei que poderia está formatando uma pesquisa teatral lúdica de grande referência em Pernambuco. Muitas situações e lugares contribuíram para o engrandecimento desse trabalho, e muitas entidades e municípios abriram portas para que eu pudesse apresentar e ganhar visibilidade com essa a exemplo do SESC Pernambuco, daí veio o patrocínio do Governo de Pernambuco e com o Prêmio Agente Jovem penso que vem a coroar todo o esforço e dedicação” cita o facilitador do trabalho Charlon Cabral. Dois grandes objetivos conduziram a oficina a cidade histórica de Icó no Ceará, o primeiro foi um encontro com grupos teatrais da cidade dentro do primeiro teatro construído no Ceará e segundo mais antigo do país.
“A experiência vivida por mim dentro do Teatro da Ribeira, é sem dúvida uma das mais intensas que vivi ministrando esse trabalho, por ser uma pessoa apaixonada por teatro e conduzir um processo criado por mim, era de grande desejo pode pisar nesse espaço que cheira a magia, o Teatro da Ribeiro dos Icós, me arrebatou para uma dimensão que não consigo explicar, mas o que vivi em conduzir o processo teatral dentro daquele templo mágico me fez sentir por um instante que minha paixão pelo o que eu faço pode não ser apenas dessa vida”. Comenta super emocionado Charlon. O segundo objetivo foi participar do I Encontro de Psicologia da Faculdade Vale do Salgado em Icó, onde o facilitado conduziu um debate sobre a importância da Arte na construção do ser humano, e logo em seguida ministro a prática do quintal para alunos do segundo período do curso junto a professores da faculdade. A oficina segue suas atividades no mês de julho na expectativa de esta fazendo parte da programação do FIG (Festival de Inverno de Garanhuns) e entre os dias 29 À 02 de agosto será ministrada na cidade de Palmares-PE.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

QUINTAL: TERRITÓRIO DE ANÁLISE



      Por André Chaves- Surubim - PE.

           
Minhas lembranças dos momentos de infância, onde minha mãe e minha avó, lavavam roupa, é ainda clara e fresca. Para elas, era um exercício diário de manter a limpeza e manter a família nos conformes. Para mim, naquela fase como “partilhador” do quintal, era um exercício de análise (sem que eu tivesse plena consciência, claro), já que eu as esperava lavar as roupar para iniciar a brincadeira. As roupas penduradas viravam armários, e pessoas. Os lençóis dividiam os espaços, e em cada meio de varal que eu passava, era um mundo diferente. O quintal era grande, e não necessitava de esperar para começar a brincadeira, eu esperava porquê já sentia que analisar e idealizar a brincadeira fazia parte dela.
            Ontem eu voltei à época em que lençóis eram minhas paredes, e cortinas. Mesmo assumindo o “imprevisto”, tido pela desatenção da pessoa responsável de abrir o espaço, causando atraso no início da oficina, Charlon consegue me mostrar um caminho para apontá-lo uma nova proposta de abertura da oficina, aliás, a análise e preparação fazem parte do processo de estudo e execução. Para mim, não foi nada incômodo esperar e ver a preparação do espaço, pelo contrário, ver a Câmara de vereadores de Vertente do Lério se transformando no nosso quintal de trabalho foi uma das coisas mais bonitas de ser vista em toda oficina, além da dinamicidade e bom humor que o facilitador a conduz, é claro.
            É visível o amor e a responsabilidade com que Charlon conduz a oficina e ergue a bandeira da arte-educação. Tudo posto em debate é sempre extremamente válido e exaustivamente testado e discutido por quem está dentro do contexto. As lembranças fluem naturalmente, e as sensações de estarmos do lado de quem aprende nos faz perceber como as coisas devem ser conduzidas, exatamente assim, cuidadosamente, com uma cautela de quem recebe para poder disseminar. As dinâmicas, e os momentos de distração logo terminam em exercício reflexível, e parar para pensar que a distração está intimamente ligada a produtividade faz parte desta reflexão.
            A função me dada nesta etapa do projeto, começa a se tornar uma difícil tarefa. Os trechos ““tu vens chegando pra brincar no meu quintal” e “o sol quarando nossas roupas no varal”, na música executada pelo João (a propósito, muito bom músico que deve seguir carreira teatral), me arrepiam e consegue me tocar e sensibilizar, fazendo compreender a função e ideia de proposta da música ao vivo na oficina. Sutilmente útil e funcional, a música, neste exato momento. O problema é que depois isto não se repete, e a impressão de ter uma música específica para cada momento se vai (conste, esta visão é apenas para os momentos de música, os efeitos sonoros funcionam como elemento provocativo, não como ilustração).
            O quintal se forma, consegue envolver-nos. Para mim fica muito claro a função da atividade de formação de multiplicadores da ideia. Concentração, memória (conhecimento prévio), dinamismo, sensibilização, relativização, e vários outros elementos e ideias ficam presos ao subconsciente da nossa atenção, para que isso seja atentado na percepção da troca de informação dentro da minha sala de aula.Resta a aplicação, que agora, é de fácil execução.
            A utilização da arte como meio de entrar em contato com a verdade, é sem dúvidas a melhor forma de se chegar lá, a falta de pretensão da arte nos possibilita isso. Eu tenho agora a impressão, que temos que procurar meios que façam com que isto funcione na prática, assim um dia quem sabe, as escolas brasileiras (lê-se sistema de ensino e ações pedagógicas) deixarão de treinar alunos e passarão a ensiná-los, formá-los mesmo, como sempre deveria ser, e ações com abertura para a discussão desta mudança como “O Quintal” (mesmo que de forma intrínseca e sutil) tenham mais espaço e construa uma forma de pensar arte sociopoliticamente, de verdade.


André Chaves
Ator e diretor.




terça-feira, 19 de março de 2013

Experiências que educam os sentidos




Por Charlon Cabral


         No último dia 07 de março a oficina de arte-educação teve a grata satisfação de aportar na cidade de Passira a terra do bordado manual.  Como é de costume o ritual de sempre, varal sendo colocados, os lenços sendo estendidos, e os olhares curiosos se transformam, dando espaço para o encantamento.  Os participantes aos poucos vão adentrando o ambiente lúdico, e como um passe de mágica são transportados para um quintal de liberdade, onde a imaginação dá espaço ao inesperado.
        A cada visita temos a certeza que o papel desse trabalho lúdico tende a contribuir muito com as reflexões sobre arte-educação no interior do estado, ampliando de forma significativa os trabalhos direcionados a educação sensorial.
        Outra grata satisfação foi ter voltado à cidade de Casinhas, onde tive muita alegria de ser recebido pelo nobre amigo Gerailton e sua maravilhosa equipe. Foram muitos momentos reflexivos, encontrei um grupo de educadores sociais preocupados em trilhar um novo e desconhecido caminho junto às crianças e adolescentes do PETI e Projovem. A experiência de ter conduzido os trabalhos lúdico junto aqueles educadores, provaram ainda mais a importância desse processo educativo como ferramenta de sensibilização e transformação.
       Mais que uma oficina, hoje o processo educativo sensorial “Um Olhar Lúdico Sobre o Quintal”, permite que crianças, jovens e educadores possam de forma lúcida e educativa compreender  nosso “eu” sensível.

terça-feira, 5 de março de 2013

Reflexões Lúdicas na cidade de João Alfredo-PE



         Dando continuidade a jornada lúdica no Agreste Setentrional de Pernambuco, a oficina de arte-educação: Um Olhar Sobre o Quintal despertou muitas reflexões junto aos educadores sociais do PETI da cidade João Alfredo. A magia, toma forma ao percebermos os olhares curiosos sobre o colorido proposto para o ambiente do jogo. A música, é um convite para o início da brincadeira, tudo se transforma a partir das sensações, e os olhares curiosos de antes, se deixam mergulhar nesse portal chamado imaginação.  
Foram momentos de muitas reflexões e estímulos, onde o limite era sempre o inesperado. Os educadores se permitiram adentrar e percorrer caminhos de pura diversão. “O projeto auxilia no desenvolvimento cognitivo dos educadores contribuindo muito com os trabalhos realizados junto ao educandos, a forma como a oficina é posta em prática desperta em cada um de nós o interesse e a preocupação com o ensino da arte, e seu desenvolvimento junto às crianças e adolescentes no interior do estado”, cita um dos participantes da oficina.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Situações tiradas do baú das memórias dão vida a novas e velhas histórias no Agreste de Pernambuco.


O olhar e a sensibilidade estética tornam-se imprescindível no ensino da arte, é através desse aperfeiçoamento do ver e sentir que crianças, jovens e adultos são conduzidos a uma sensibilização e transformação interior.
O projeto intitulado Um Olhar Lúdico Sobre o Quintal, vem buscando esse foco estético há exatamente quatro anos na cidade de Limoeiro. Tudo começou com o olhar e o pensamento de investigação do arte-educador Charlon Cabral, personagem que conduz a reflexão, e que de forma zelosa mantém um ritmo de pesquisa com esse trabalho de formação. O trabalho de arte-educação vem sendo reconhecido em Pernambuco e até fora do estado, como mais uma ferramenta de alfabetização dos sentidos, quando de forma brilhante já conquistou três importantes incentivos culturais, a exemplo do FUNCULTURA, BNB CULTURAL e Prêmio Agente Jovem, título concedido pelo Ministério da Cultura.
A condução desse trabalho lúdico tem olhares voltados para estética do fazer artístico, quando o próprio arte-educador de forma prática proporciona aos participantes uma viagem sensorial através dos sentidos criando dessa forma um processo de resgate das memórias infantis, daí por diante muitas histórias, músicas e poesias são postas em jogo, pois o trabalho é conduzido através de jogos e dinâmicas que levam a novas e velhas histórias.  
Depois de muitas idas e vindas pelo Interior de Pernambuco e até fora do estado, a exemplo de Bahia e Ceará, o projeto pesquisa ganha outros rumos, dessa vez o Agreste Setentrional de Pernambuco irá receber através do patrocínio do BNDES e Banco do Nordeste a visita do trabalho cultural. Serão dez cidades onde a oficina de capacitação irá aportar, o foco do projeto é criar multiplicadores junto a educadores sociais do PETI e do Projovem, criando então uma rede de pensadores sobre a importância da arte nas atividades cotidianas de crianças e adolescentes no interior de estado.  

sábado, 23 de fevereiro de 2013

A Cidade de Cumaru - PE é a primeira cidade a acolher o Projeto QUINTAL agora patrocinado pelo programa BNB CULTURAL.

Refletir sobre a arte-educação e sua importância na sociedade, é a melhor forma de entrarmos em contato com as possibilidades de transformação interior de crianças e adolescentes, explica Charlon Cabral, idealizador do projeto.
Ao participar da oficina de arte-educação Um Olhar Lúdico Sobre o Quintal, educadores da cidade de Cumaru se permitiram mergulhar afundo no universo imaginário desse trabalho educativo. A ação lúdica pretende fundamentar o fazer artístico em dois importantes aspectos educativos: a Ludicidade e Sustentabilidade, tendo como foco principal os jogos orais das contações de histórias.
A pesquisa é parte da reflexão de que a presença de atividades lúdicas pode ser responsável em transformar, modificar e renovar todo o espaço no qual funciona a Educação para arte, desenvolvendo em criança e adolescentes habilidades cognitivas, motoras entre outras que são necessárias para o seu desenvolvimento. Outro foco de bastante relevância é a utilização dos materiais reciclados sendo transformados em personagens para criações de história, valorizando dessa forma a tradição oral.

Foi através dessas reflexões que educadores puderam contribuir com o projeto que agora percorrerá nove cidades do Agreste Setentrional de Pernambuco com o patrocínio do BNDES e Banco do Nordeste através do Programa BNB Cultural.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A vida sem o lúdico, o que seria?


“Sons, aromas, gestos, recordações… Situações tiradas do baú das memórias para dar vida a novas e velhas histórias”.
 
No momento a oficina de Arte-educação “Um Olhar Lúdico Sobre o Quintal” se prepara para o início de uma nova temporada agora patrocinada pelo BNB Cultural e BNDES. A oficina percorrerá dez cidades do Agreste pernambucano, socializando aprendizagem e momentos lúdicos com educadores dos programas PETI e Projovem .
O idealizador do projeto o arte-educador e produtor cultural Charlon Cabral vem mostrando com o projeto que o interior do estado de Pernambuco tem fôlego para compartilhar ideias artísticas com todo Brasil.